A tricotilomania é um transtorno psicológico caracterizado pelo impulso incontrolável de arrancar os próprios cabelos ou pelos do corpo, como sobrancelhas, cílios, barba ou pelos pubianos. Esse comportamento compulsivo causa sofrimento emocional, vergonha, falhas visíveis e pode interferir significativamente na autoestima e na vida social da pessoa.
Embora muitas vezes seja escondida ou mal compreendida, a tricotilomania tem tratamento e, com o acompanhamento adequado, é possível controlar os impulsos e restaurar o bem-estar físico e emocional.
O que é Tricotilomania
A tricotilomania, também chamada de transtorno de arrancar os cabelos, faz parte da categoria dos transtornos do controle do impulso. Ela pode surgir na infância, adolescência ou vida adulta, sendo mais comum em mulheres, embora também afete homens.
O ato de arrancar os fios pode ocorrer de forma consciente ou automática, geralmente em momentos de ansiedade, estresse, tédio ou até mesmo em situações de relaxamento, como ao assistir TV ou deitar para dormir.
Além dos danos físicos, o transtorno compromete a autoestima e a vida social, já que muitas pessoas evitam se expor devido às falhas capilares visíveis.
Sintomas comuns da Tricotilomania
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Arrancar fios de cabelo ou pelos de forma repetitiva
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Perda de cabelo perceptível e falhas visíveis no couro cabeludo ou corpo
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Sensação de alívio, prazer ou redução da tensão após o ato
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Vergonha, culpa e tentativas de esconder o comportamento
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Uso de acessórios (bonés, lenços, maquiagem) para disfarçar as áreas afetadas
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Dificuldade em controlar ou interromper o hábito
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Evitação de situações sociais por vergonha da aparência
Diagnóstico da Tricotilomania
O diagnóstico da tricotilomania deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra, com base em uma avaliação clínica detalhada. É importante diferenciar o transtorno de outras condições médicas, como alopecia areata, e avaliar a presença de transtornos associados, como ansiedade, depressão ou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as chances de sucesso no tratamento.
Como é feito o Tratamento para Tricotilomania
O tratamento da tricotilomania é multidisciplinar e pode incluir psicoterapia, medicação e técnicas comportamentais específicas para controlar os impulsos e promover a recuperação emocional e física.
Psicoterapia
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é a abordagem mais eficaz no tratamento da tricotilomania. Um dos recursos mais utilizados é o treinamento de reversão de hábito (TRH), que ensina o paciente a identificar os gatilhos do comportamento e substituí-lo por ações alternativas mais saudáveis.
Outras abordagens, como mindfulness, terapia de aceitação e compromisso (ACT) e psicoterapia psicodinâmica, também podem ser utilizadas de acordo com o perfil emocional do paciente.
Tratamento medicamentoso
Em alguns casos, especialmente quando há comorbidades como ansiedade ou depressão, pode ser indicada a prescrição de antidepressivos ou estabilizadores de humor. A medicação deve ser prescrita e acompanhada por um psiquiatra.
Apoio familiar e emocional
O suporte da família e de pessoas próximas é essencial para o sucesso do tratamento. É importante que o paciente se sinta acolhido, sem julgamentos, e que receba incentivo para manter o acompanhamento profissional.
Tratamentos Complementares
Técnicas de consciência corporal e respiração
Ajudam a perceber os momentos de impulso e controlar a ansiedade que precede o ato
Uso de objetos alternativos para estímulo tátil
Como bolinhas antiestresse ou texturas calmantes, que ajudam a redirecionar o comportamento
Grupos de apoio e psicoterapia em grupo
Favorecem o acolhimento, o compartilhamento de experiências e o fortalecimento emocional
Cuidados com a aparência e autoestima
Acompanhamento com dermatologistas, cabeleireiros ou profissionais estéticos pode auxiliar na recuperação da confiança
Tricotilomania tem tratamento
A tricotilomania é um transtorno tratável, e a busca por ajuda profissional é o primeiro passo para interromper o ciclo de impulsos, recuperar a autoestima e reconquistar o controle da própria vida.
Procure ajuda especializada agora mesmo. Você não está sozinho e é possível superar esse desafio com apoio e tratamento adequado.