A cleptomania é um transtorno de controle do impulso, caracterizado pela incapacidade recorrente de resistir ao impulso de furtar objetos, mesmo quando eles não têm valor ou utilidade pessoal. Não se trata de um ato motivado por necessidade financeira ou vingança, mas de um comportamento compulsivo que gera alívio momentâneo seguido de culpa e vergonha.
Apesar de ainda ser pouco compreendida por grande parte da sociedade, a cleptomania é um distúrbio psicológico sério que exige tratamento especializado.
O que é Cleptomania
A cleptomania é um distúrbio mental reconhecido pelos manuais diagnósticos internacionais, como o DSM-5. Pessoas com esse transtorno sentem uma crescente tensão interna antes de cometer o furto, seguida por uma sensação de prazer ou alívio ao executar o ato, e, logo depois, arrependimento.
Diferente de um roubo comum, na cleptomania o ato de furtar não é premeditado nem tem motivação prática. Os itens furtados geralmente são escondidos, doados ou até mesmo descartados, o que reforça o caráter impulsivo e emocional da ação.
Sintomas comuns da Cleptomania
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Impulsos incontroláveis de furtar objetos
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Tensão emocional antes do furto
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Sensação de prazer ou alívio imediato após o ato
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Culpa, vergonha e ansiedade após o furto
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Repetição do comportamento mesmo com consequências negativas
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Dificuldade em explicar o motivo do furto
Diagnóstico da Cleptomania
O diagnóstico da cleptomania deve ser realizado por um profissional da saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra. É essencial descartar outras causas, como transtornos de personalidade antissocial, comportamentos criminosos deliberados ou dependência química.
A avaliação clínica detalhada é fundamental para compreender o histórico emocional do paciente, sua relação com o comportamento compulsivo e o impacto nas áreas da vida pessoal, social e profissional.
Como é feito o Tratamento para Cleptomania
O tratamento para cleptomania exige uma abordagem multidisciplinar, combinando psicoterapia, medicação e suporte emocional. O objetivo é reduzir os impulsos, tratar possíveis transtornos associados e promover o desenvolvimento do autocontrole.
Psicoterapia
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é considerada a mais eficaz no tratamento da cleptomania. Ela ajuda o paciente a identificar gatilhos emocionais, reformular pensamentos automáticos disfuncionais e desenvolver estratégias para resistir ao impulso.
Abordagens focadas em regulação emocional, controle de impulsos e desenvolvimento da autoestima também são recomendadas, conforme o perfil de cada pessoa.
Medicação
Em alguns casos, o uso de antidepressivos, estabilizadores de humor ou inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) pode ser indicado para ajudar no controle dos impulsos e tratar transtornos associados, como ansiedade, depressão ou TOC.
A medicação deve ser sempre prescrita e acompanhada por um psiquiatra, com ajustes individualizados.
Apoio familiar e social
O suporte de familiares ou de um grupo terapêutico é essencial para a reconstrução da confiança e para ajudar o paciente a enfrentar as consequências emocionais do transtorno, como a vergonha e o isolamento.
Tratamentos Complementares
Grupos de apoio emocional
Oferecem suporte coletivo e empatia para lidar com os desafios e recaídas
Mindfulness e meditação guiada
Auxiliam no controle da ansiedade e no aumento da consciência sobre os impulsos
Reeducação emocional
Foca na origem psicológica do comportamento e no desenvolvimento de novas respostas diante de situações de estresse
Terapias de reforço de autocontrole e tomada de decisão
Ensina o paciente a desenvolver mecanismos de enfrentamento saudáveis e éticos
Quanto antes tratar, melhores os resultados
A cleptomania tem tratamento e as chances de recuperação aumentam significativamente quando o transtorno é diagnosticado precocemente e tratado de forma consistente. A busca por ajuda é o passo mais importante para interromper o ciclo de furtos compulsivos e retomar o controle da própria vida.
Procure um profissional especializado agora mesmo. Superar a cleptomania é possível com o tratamento certo.
